Você sabia que ao longo da história, muitas mulheres foram temidas e perseguidas por serem consideradas bruxas? Hoje, vamos explorar as histórias de algumas das bruxas da vida real mais temidas do mundo. Prepare-se para conhecer figuras cuja reputação sinistra e atos misteriosos deixaram marcas profundas na história.
La Voisin (Catherine Monvoisin)
Vamos mergulhar profundamente na fascinante e sombria história de Catherine Monvoisin, mais conhecida como La Voisin. Sua vida é um verdadeiro conto de intriga, poder e tragédia, situada no coração da França do século XVII.
Catherine Monvoisin nasceu em 1640 e desde cedo mostrou interesse em práticas esotéricas. Ela começou sua carreira como cartomante e vidente, ganhando a vida fazendo leituras de tarô para clientes curiosos e desesperados por respostas. No entanto, sua ambição e habilidades rapidamente a levaram para esferas mais sombrias e lucrativas.
La Voisin logo se envolveu no submundo de Paris, onde o medo e a superstição eram abundantes. Ela começou a fornecer venenos e poções, tornando-se uma figura central no infame Escândalo dos Venenos. Este escândalo envolveu muitos membros da aristocracia francesa, que procuravam La Voisin para resolver seus problemas mais sinistros. Alguns queriam eliminar rivais, outros buscavam amor ou fortuna através de feitiços e rituais de magia negra.

La Voisin era conhecida por realizar rituais de magia negra, muitas vezes em colaboração com padres renegados. Esses rituais, chamados de missas negras, eram macabros e envolviam sacrifícios e invocações demoníacas. Os clientes de La Voisin incluíam figuras poderosas, como Madame de Montespan, a amante do rei Luís XIV. Montespan teria recorrido a La Voisin para realizar rituais que garantissem o amor contínuo do rei e a eliminação de suas rivais na corte.
Em 1679, La Voisin foi presa após uma extensa investigação sobre o uso de venenos na corte francesa. Durante seu julgamento, muitos detalhes chocantes de suas atividades foram revelados. Ela confessou ter realizado centenas de abortos ilegais, vendido poções de amor e morte, e conduzido missas negras. La Voisin também admitiu ter enterrado corpos de bebês sacrificados em seu jardim, o que chocou e horrorizou a sociedade parisiense.
Em 1680, Catherine Monvoisin foi condenada à morte. Ela foi queimada na fogueira na Place de Grève em Paris, um destino comum para aqueles acusados de bruxaria e crimes associados. Sua execução foi um espetáculo público, atraindo uma grande multidão que veio ver a famosa feiticeira encontrar seu fim. Apesar de sua morte, as histórias sobre suas atividades continuaram a assombrar a imaginação popular por muitos anos.
O legado de La Voisin é um exemplo claro de como a combinação de medo, superstição e poder pode levar a tragédias e injustiças. Sua vida e morte também mostram como as mulheres, especialmente aquelas que desafiavam as normas sociais, eram frequentemente alvo de perseguições violentas. La Voisin é lembrada como uma das figuras mais temidas e fascinantes da história da bruxaria, uma mulher cujo nome ainda evoca imagens de intriga e magia sombria.
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Alice Kyteler
Agora, vamos viajar para a Irlanda do século XIV para conhecer a história intrigante e sombria de Alice Kyteler, uma das primeiras mulheres na Europa a ser acusada de bruxaria. Sua vida é um verdadeiro conto de intriga, poder e controvérsia.
Alice Kyteler nasceu por volta de 1280 em Kilkenny, Irlanda. Ela veio de uma família normanda rica e se casou quatro vezes, cada vez com homens igualmente ricos e influentes. Com cada casamento, Alice aumentava sua riqueza e status social, o que despertava a inveja e a suspeita entre aqueles ao seu redor.
A primeira grande virada na vida de Alice veio após a morte de seu quarto marido, Sir John le Poer. Pouco tempo após sua morte, os filhos de seus maridos anteriores começaram a acusá-la de envenenamento e práticas de bruxaria. Eles alegaram que Alice havia usado feitiços e poções para envenenar seus maridos e acumular sua vasta fortuna.
As acusações contra Alice não foram levadas a sério inicialmente, mas em 1324, o bispo de Ossory, Richard de Ledrede, decidiu investigar mais a fundo. O bispo era conhecido por seu fervor religioso e por sua campanha contra a heresia e a bruxaria. Ele convocou Alice para um julgamento e, durante a investigação, muitas acusações horríveis surgiram.

Os filhos acusadores de Alice alegaram que ela realizava rituais de magia negra, invocava demônios e usava poções para controlar e matar seus maridos. Também disseram que Alice mantinha um demônio familiar chamado Robin Artisson, que a ajudava em suas práticas mágicas. Essas acusações foram baseadas em grande parte no medo e na superstição da época.
Alice foi condenada em 1324, mas antes que a sentença pudesse ser executada, ela conseguiu fugir para a Inglaterra com a ajuda de amigos influentes. Sua fuga deixou muitos de seus acusadores frustrados e ainda mais determinados a puni-la. Sem Alice para punir, o bispo de Ledrede voltou sua atenção para os associados de Alice.
Petronilla de Meath, uma das servas de Alice, foi capturada e torturada até confessar as práticas de bruxaria de sua senhora. Petronilla também foi forçada a acusar outros de serem cúmplices nos atos de bruxaria. Infelizmente, Petronilla foi considerada culpada e se tornou a primeira pessoa na Irlanda a ser queimada na fogueira por bruxaria.
O caso de Alice Kyteler é um dos primeiros exemplos de julgamentos de bruxaria documentados na Europa e destaca como o medo e a superstição podiam facilmente ser usados para perseguir e punir aqueles considerados uma ameaça. Alice Kyteler, com sua riqueza e influência, tornou-se um alvo fácil para acusações de bruxaria, especialmente em uma época em que as mulheres independentes eram vistas com desconfiança.
Sua história é um lembrete sombrio das injustiças que muitas mulheres enfrentaram ao longo da história, muitas vezes baseadas em pouco mais do que rumores e preconceitos. Alice Kyteler escapou da execução, mas sua vida e as consequências de suas acusações deixaram uma marca duradoura na história da bruxaria.
Agnes Sampson
Vamos agora para a Escócia do século XVI e conhecer a trágica e aterrorizante história de Agnes Sampson, uma curandeira cuja vida foi destruída pelas acusações de bruxaria. Sua história é um exemplo pungente do medo e da histeria que dominaram a Europa durante as caças às bruxas.
Agnes Sampson nasceu em uma pequena vila na Escócia e ganhou reputação como curandeira e parteira. Em uma época em que a medicina moderna não existia, pessoas como Agnes eram essenciais para suas comunidades, oferecendo remédios herbais e cuidados médicos básicos. No entanto, essa mesma reputação de conhecimento e poder sobre a vida e a morte a tornaria alvo de acusações de bruxaria.
No final do século XVI, a Escócia estava mergulhada em uma onda de histeria relacionada à bruxaria, amplamente fomentada pelo rei James VI, que tinha um medo obsessivo de bruxas. Após um incidente em que uma tempestade quase afundou o navio que levava James e sua nova esposa da Dinamarca para a Escócia, o rei convenceu-se de que bruxas haviam conjurado a tempestade para matá-lo.

Em 1590, Agnes Sampson foi acusada de bruxaria como parte dos julgamentos de North Berwick, uma série de processos judiciais que visavam eliminar a suposta ameaça das bruxas. Ela foi presa e levada ao Castelo de Holyroodhouse para ser interrogada. Sob a imensa pressão dos interrogadores e a ameaça de tortura, Agnes foi forçada a confessar práticas de bruxaria.
As confissões de Agnes Sampson foram obtidas sob tortura brutal. Ela foi sujeita ao “pilliwinks” (uma espécie de torniquete que esmagava os dedos) e ao “cordão de bruxa” (uma corda amarrada ao redor da cabeça que era torcida para causar dor extrema). Durante esse período de tortura, Agnes confessou ter participado de um sabá das bruxas no cemitério de North Berwick, onde supostamente bruxas conspiraram para matar o rei.
Ela também admitiu ter realizado vários rituais de magia negra, incluindo a criação de bonecas de cera para amaldiçoar suas vítimas. Sob tortura, as confissões eram frequentemente detalhadas e gráficas, misturando realidade com fantasia, refletindo tanto a dor infligida quanto as expectativas dos inquisidores.
Agnes Sampson foi julgada e condenada por bruxaria. Em janeiro de 1591, ela foi executada em Edimburgo. Como era comum para aqueles acusados de bruxaria, Agnes foi estrangulada e depois queimada na fogueira. Sua morte foi um espetáculo público, destinado a servir como advertência para outras mulheres que poderiam ser acusadas de bruxaria.
A história de Agnes Sampson é um exemplo triste e chocante do poder destrutivo da histeria coletiva e da superstição. Seu caso destaca a vulnerabilidade das mulheres que possuíam conhecimento ou habilidades incomuns em uma sociedade dominada pelo medo e pela ignorância. A perseguição e execução de Agnes Sampson refletem uma época sombria na história da Europa, quando milhares de pessoas foram acusadas injustamente de bruxaria e sofreram mortes horríveis.
Malin Matsdotter
Vamos agora viajar para a Suécia do século XVII e conhecer a história perturbadora de Malin Matsdotter, uma mulher cuja trágica execução marcou um dos capítulos mais sombrios da caça às bruxas na Europa. Sua história é um testemunho das extremas medidas tomadas contra aquelas acusadas de bruxaria e da histeria que varreu a Europa durante esse período.
Malin Matsdotter, também conhecida como Rumpare-Malin, nasceu no início do século XVII na Suécia. Pouco se sabe sobre seus primeiros anos de vida, mas ela era uma mulher comum que vivia em uma época de grande medo e superstição. Na década de 1670, a Suécia, como muitas outras partes da Europa, estava no meio de uma onda de pânico sobre a bruxaria. As autoridades estavam empenhadas em erradicar a suposta ameaça das bruxas, e qualquer suspeita podia levar a uma investigação e, muitas vezes, a uma execução.

A história de Malin Matsdotter começa a ganhar notoriedade em 1676, quando foi acusada de bruxaria durante uma série de julgamentos em Estocolmo. As acusações contra ela foram severas: Malin foi acusada de sequestrar crianças e levá-las ao sabá das bruxas, onde se acreditava que ocorriam rituais demoníacos e pactos com o diabo. Essas acusações eram frequentemente baseadas em rumores, medos irracionais e, muitas vezes, em disputas pessoais.
Malin foi presa e submetida a intensos interrogatórios. A histeria coletiva fez com que até mesmo as crianças fossem incentivadas a testemunhar contra os acusados, muitas vezes inventando histórias sob pressão dos adultos. Durante seu interrogatório, Malin manteve sua inocência e negou todas as acusações. No entanto, o medo e a pressão da sociedade eram tão grandes que suas negações não foram suficientes para convencê-los de sua inocência.
O julgamento de Malin Matsdotter foi marcado por uma atmosfera de pânico e vingança. As autoridades estavam determinadas a mostrar ao público que estavam agindo contra a suposta ameaça das bruxas. Malin foi condenada à morte, mas sua execução seria diferente da maioria dos outros acusados de bruxaria na Suécia. Enquanto muitos eram decapitados ou enforcados, Malin foi sentenciada a ser queimada viva, uma punição extremamente rara e brutal na Suécia.
Em 5 de agosto de 1676, Malin Matsdotter foi levada à fogueira. Sua execução foi um evento público, destinado a servir como um aviso para outros. Durante sua execução, Malin permaneceu notavelmente calma e silenciosa, recusando-se a confessar os crimes que lhe foram atribuídos. Essa serenidade impressionou muitos dos espectadores e até mesmo os carrascos. Sua morte foi agonizante, e seu comportamento digno até o fim fez com que ela fosse lembrada por muitos como uma mártir da histeria das bruxas.
A execução de Malin Matsdotter marcou uma das últimas e mais infames execuções por bruxaria na Suécia. Sua morte destacou a brutalidade das medidas tomadas contra aqueles acusados de bruxaria e serviu como um ponto de reflexão para a sociedade sueca. Eventualmente, o pânico da bruxaria começou a diminuir, e as execuções por bruxaria foram gradualmente abolidas.
Tituba
Vamos agora para a América do Norte, especificamente para a pequena vila de Salem, Massachusetts, em 1692. Neste segmento, vamos explorar a história de Tituba, uma escrava cuja confissão de bruxaria ajudou a desencadear uma das mais famosas e trágicas histerias coletivas da história americana: os julgamentos das bruxas de Salem.
Tituba nasceu possivelmente no Caribe, e pouco se sabe sobre sua vida antes de ser trazida para a América do Norte. Ela era uma escrava de origem africana ou indígena que foi trazida para a Nova Inglaterra pelo reverendo Samuel Parris. Em Salem, Tituba trabalhava na casa de Parris, cuidando de sua família e realizando tarefas domésticas.
No início de 1692, a filha e a sobrinha de Parris, Betty Parris e Abigail Williams, começaram a exibir comportamentos estranhos, incluindo convulsões, gritos e contorções. Médicos não conseguiam explicar esses sintomas e, sob pressão e medo, a explicação se voltou para o sobrenatural. As meninas acusaram Tituba, junto com duas outras mulheres, Sarah Good e Sarah Osborne, de ser a causa de seus tormentos.
Tituba foi presa e interrogada. Sob intensa pressão e possível coerção, ela confessou ter praticado bruxaria. Sua confissão foi rica em detalhes gráficos, incluindo visões de um homem alto vestido de preto, um porco preto e um pássaro amarelo, e a assinatura de um livro do diabo. Tituba afirmou que Sarah Good e Sarah Osborne também estavam envolvidas, o que ajudou a legitimar as acusações.

A confissão de Tituba foi um catalisador para a histeria que se seguiu. Suas descrições vívidas de encontros com o diabo e outras bruxas alimentaram o medo coletivo. De repente, a pequena vila de Salem estava em um frenesi, com vizinhos acusando uns aos outros e um clima de desconfiança permeando a comunidade. Mais de 200 pessoas foram acusadas de bruxaria, e 20 foram executadas.
Tituba permaneceu na prisão por mais de um ano. Durante os julgamentos, ela repetiu suas confissões iniciais, mas também tentou se retratar em alguns momentos, sugerindo que foi forçada a confessar. No entanto, a maré de histeria já havia crescido demais para ser contida. O medo de bruxaria e da influência do diabo era tão forte que muitos inocentes foram condenados e executados.
Após o fim dos julgamentos, Tituba permaneceu na prisão até ser comprada por um novo mestre. As informações sobre sua vida posterior são escassas, e seu destino final permanece desconhecido. No entanto, sua participação forçada nos julgamentos de Salem a tornou uma figura histórica significativa.
A história de Tituba destaca como o medo e a superstição podem ser manipulados para justificar atos de crueldade e injustiça. Sua confissão, provavelmente obtida sob coerção, desencadeou uma série de eventos que resultaram em morte e sofrimento para muitos em Salem. O pânico que ela involuntariamente ajudou a alimentar é um lembrete sombrio de como a histeria coletiva pode tomar conta de uma comunidade e levar à destruição.
Tituba é lembrada como uma figura trágica, uma vítima das circunstâncias e das tensões sociais de seu tempo. Sua história serve como um exemplo poderoso das injustiças que podem ocorrer quando o medo domina a razão.
Elizabeth Báthory
Agora, vamos mergulhar na história de uma figura tão fascinante quanto aterrorizante: Elizabeth Báthory, a Condessa Sangrenta. Sua vida é envolta em mistério e horror, e suas ações a tornaram uma das mulheres mais temidas da história.
Elizabeth Báthory nasceu em 1560 na Hungria, em uma das famílias mais poderosas e ricas da Transilvânia. Desde cedo, ela foi educada e preparada para ocupar uma posição de destaque na sociedade. Casou-se aos 15 anos com Ferenc Nádasdy, um guerreiro influente, e juntos estabeleceram residência no Castelo de Csejte.
Com a morte de seu marido em 1604, Elizabeth Báthory tornou-se a senhora absoluta de vastas propriedades e assumiu um papel de liderança. Foi durante esse período que começaram a circular rumores sobre suas práticas sádicas e violentas. Báthory era conhecida por sua crueldade com os servos e camponeses, mas as acusações mais graves envolviam jovens garotas das vilas ao redor.

Elizabeth Báthory foi acusada de sequestrar e torturar centenas de garotas jovens. De acordo com testemunhas e relatos da época, ela acreditava que o sangue das virgens manteria sua juventude e beleza. As histórias descrevem torturas inimagináveis: as vítimas eram espancadas, queimadas, cortadas e deixadas para morrer de fome ou frio. Algumas fontes afirmam que ela banhava no sangue das jovens, daí seu apelido de “Condessa Sangrenta”.
As atrocidades atribuídas a Elizabeth Báthory não passaram despercebidas. Em 1610, o rei Matthias II da Hungria ordenou uma investigação, liderada por György Thurzó, que era primo de Báthory e palatino da Hungria. Thurzó invadiu o Castelo de Csejte e encontrou evidências incriminadoras: corpos mutilados e garotas ainda vivas, mas brutalmente feridas.
Apesar de sua posição e poder, Elizabeth Báthory foi julgada. Seus cúmplices foram executados, mas devido ao seu status nobre, ela foi condenada a prisão perpétua. Em vez de ser executada, Elizabeth foi confinada em um pequeno quarto dentro de seu próprio castelo, onde viveu por quatro anos até sua morte em 1614.
A história de Elizabeth Báthory é uma mistura de fatos históricos e lendas. Sua figura se tornou sinônimo de maldade e crueldade, inspirando inúmeras histórias de vampiros e outras criaturas sobrenaturais na cultura popular. Alguns historiadores acreditam que as acusações contra ela podem ter sido exageradas ou mesmo fabricadas por inimigos políticos, mas a maioria concorda que ela cometeu atos de extrema violência.
Conclusão
Essas histórias refletem o impacto devastador do medo e da superstição na vida de muitas mulheres ao longo da história. As acusações de bruxaria frequentemente serviam como uma forma de controle social e opressão, especialmente contra aquelas que eram vistas como diferentes ou ameaçadoras para a ordem estabelecida. Se você gostou desse artigo, não deixe de conferir nosso vídeo contando toda a história das bruxas da vida real mais temidas do mundo de forma descontraída e menos cansativa.
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