A mulher que não sente dor: a incrível história de Jo Cameron

Doenças que parecem saídas de um filme de terror

Você já imaginou como seria viver sem sentir dor, medo ou ansiedade? Para a maioria de nós, isso parece impossível, mas para Jo Cameron, uma escocesa de 75 anos, essa é a sua realidade. Jo tem uma rara mutação genética que a impede de sentir dor física ou emocional, e que também acelera o seu processo de cicatrização. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre essa condição extraordinária e como ela pode ajudar outras pessoas que sofrem com a dor crônica. Confira abaixo: A mulher que não sente dor: a incrível história de Jo Cameron.

O que é a mutação genética de Jo Cameron?

Jo Cameron só descobriu que era diferente aos 65 anos, quando foi submetida a uma cirurgia na mão e não precisou de analgésicos no pós-operatório. Os médicos ficaram intrigados com o seu caso e a encaminharam para geneticistas especializados em dor das universidades britânicas UCL (University College London) e Oxford.

Após seis anos de pesquisa, os cientistas revelaram que Jo tem uma combinação muito específica de genes que a torna insensível à dor. Ela possui duas mutações: uma no gene FAAH, que regula a liberação de substâncias químicas relacionadas à dor e ao humor, e outra no gene FAAH-OUT, que até então era desconhecido pela ciência.

Essas mutações fazem com que Jo tenha níveis muito baixos de anandamida, um neurotransmissor que é chamado de “molécula da felicidade”. A anandamida é responsável por regular o humor, a memória, o apetite e a dor. Por ter pouca anandamida, Jo não sente dor, nem medo ou ansiedade. Ela também é mais esquecida e feliz do que a média das pessoas.

Quais são as vantagens e desvantagens de não sentir dor?

A mulher que não sente dor: a incrível história de Jo Cameron
A mulher que não sente dor: a incrível história de Jo Cameron

Não sentir dor pode parecer um sonho para muitas pessoas que sofrem com doenças crônicas ou inflamatórias, mas também pode trazer alguns riscos. A dor é um mecanismo de defesa do nosso corpo, que nos alerta sobre possíveis danos ou problemas de saúde. Sem ela, podemos nos machucar sem perceber ou ignorar sintomas importantes.

Jo Cameron conta que ao longo da sua vida teve vários sinais de que a sua tolerância à dor era maior do que o normal, mas nunca se questionou sobre isso. Ela lembra que o parto dos seus dois filhos foi prazeroso, e não doloroso. Ela também relata que frequentemente se queima na cozinha e só percebe quando sente o cheiro da sua pele chamuscada.

Por outro lado, não sentir dor também pode ter algumas vantagens. Jo Cameron diz que se cura mais rápido do que o normal e que tem uma pele muito jovem para a sua idade. Ela também afirma que não se estressa com facilidade e que é muito otimista. Ela diz que não tem vontade de mudar a sua condição, mas reconhece que seria bom ter um aviso quando algo está errado.

Como a mutação genética de Jo Cameron pode ajudar outras pessoas?

A descoberta da mutação genética de Jo Cameron pode abrir novas possibilidades para o tratamento da dor crônica, que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Os pesquisadores esperam desenvolver medicamentos que possam imitar os efeitos da mutação, bloqueando os receptores de dor ou aumentando os níveis de anandamida.

Além disso, a mutação também pode ajudar a entender melhor os mecanismos biológicos envolvidos no humor, na memória e na ansiedade. Jo Cameron é uma das duas pessoas no mundo identificadas com essa condição, mas os cientistas acreditam que há mais pessoas insensíveis à dor por motivos genéticos.

Jo Cameron diz que se sente honrada em poder contribuir para a ciência e espera que a sua história possa inspirar outras pessoas a lidarem melhor com a dor. Ela diz que não se considera especial, mas sim diferente. Ela afirma que gosta de ser como é e que aproveita a vida ao máximo.

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