Em 2012 a polícia cumpre um mandado de busca e apreensão em uma casa em Garanhuns. Lá, se depararam com uma situação muito pior do que imaginavam. A casa habitada por três adultos e uma criança de cinco anos teria sido o cenário de atrocidades jamais imaginadas.
A criança apontou o local onde estavam enterrados os corpos de duas mulheres desaparecidas que a polícia procurava na época. Mas esse era só o começo de um dos casos mais chocantes do Brasil.
Os protagonistas dessa história macabra, Bruna, Jorge e Isabel faziam parte de uma seita chamada Cartel, fundada pelo próprio Jorge Beltrão.
Quer assistir essa história completa? Veja nosso vídeo sobre o assunto:
Os integrantes da seita
Antes de prosseguir com a história, vamos conhecer quem são os acusados desse crime terrível.
Jorge
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, era filho de imigrantes portugueses e passou seus 7 primeiros anos de vida na capital pernambucana. Nascido em 1960, Jorge teve uma infância comum, nunca faltou nada em sua casa, era bem cuidado pelos pais e vivia bem com seus irmãos.
Ele chegou a morar com uma tia em Portugal, dos 7 até os 12 anos de idade, pois sua mãe achava que ele teria um futuro melhor morando na Europa. No entanto, na adolescência, Jorge era muito solitário e aparentemente gostava disso, ele não gostava de ser questionado do porque estava sempre sozinho.
Outro ponto importante na vida de Beltrão, é que ele sempre gostou de esportes e já no ensino médio decidiu que iria cursar a faculdade de educação física. Já nessa época, Negromonte treinava Karatê e chegou a se tornar faixa preta.
Anos mais tarde, já formado, Jorge começou a dar aulas de artes marciais em academias.
Isabel
A história de Isabel Cristina Pires da Silveira é bem diferente da de Jorge. Desde sua infância, Isabel passou por dificuldades. Sua família era muito pobre e ela nunca tomou gosto pelos estudos, diferente de Beltrão, ela nem sequer terminou o ensino fundamental.
Em seu tempo livre, para ajudar sua família, Isabel vivia em bicos. Dizem que foi nessa época que ela aprendeu a fazer salgados para vender.
Não há muito material sobre a história dela, mas pelas fontes que encontrei, como o livro “Os Canibais de Garanhuns” escrito pelo jornalista Raphael Guerra, Isabel era muito tímida, não tinha muitos amigos mas era querida por todos do seu convívio.
Relação de Jorge e Isabel

Em 1984, quando Jorge estava prestes a entrar para a faculdade de educação física, ele conhece Isabel. Ela, que já não tinha tantas esperanças no futuro, muito por conta das dificuldades que passou na vida, enxergou em Jorge uma chance de mudar de vida.
Depois que Beltrão terminou seu curso superior e arrumou um trabalho em uma academia, ele e Isabel ficaram noivos e pouco tempo depois o casamento aconteceu. Acontece que o casamento e a lua de mel ficaram marcadas por um dos surtos psicóticos de Jorge que assustou todos os convidados da festa, inclusive a noiva.
Negromonte teria fugido para a casa de um vizinho e relatou o acontecido em seu livro “Revelações de um Esquizofrênico”, nós vamos ver mais sobre esse livro do Jorge ao decorrer desse vídeo, ele é bem importante na verdade.
As décadas seguintes foram marcadas por várias internações em hospitais psiquiátricos. Medicamentos tarja preta começaram a fazer parte da rotina de Jorge. Quando Beltrão se mudou para Garanhuns, começou a frequentar o CAPs (Centro de Atenção Psicossocial).
Golpes financeiros de Jorge e Isabel
Depois que se casaram, Jorge e Isabel passaram por diversos conflitos com os familiares de Beltrão. Ele foi acusado de tentar aplicar golpes em seus irmãos e até na própria mãe, Zélia Beltrão. Isabel, sua esposa, era sempre apontada como cúmplice nos golpes do marido.
Em 2007, Jorge aplicou o maior golpe até então, ele teria sacado cerca de R$80 mil da conta bancária de um dos irmãos. Esse foi o dinheiro supostamente usado para comprar a casa em que Beltrão viveu com Isabel e Bruna, e onde cometeram os crimes que vamos comentar nesse vídeo.
Após descobrirem esse golpe, a família se afastou de Jorge e Isabel e ameaçou denunciá-los à polícia. No entanto, esse caso só veio a público após a prisão do trio pelos crimes de homicídio e canibalismo.
Antes de irem morar em Olinda, Beltrão e Isabel moraram em Natal, no Rio Grande do Norte, e foi lá que o terceiro membro se juntou ao trio, Bruna Cristina de Oliveira da Silva, que é de quem vamos falar agora.
Bruna, a integrante mais nova da seita
Pouco se sabe da mais jovem dos canibais antes de conhecer o casal Jorge e Isabel. Bruna tinha apenas 16 anos quando conheceu Beltrão e ainda cursava o ensino médio. A adolescente também trabalhava como professora de reforço para crianças em sua escola.
Bruna e Beltrão tiveram seu primeiro contato na academia em que Jorge trabalhava dando aulas de artes marciais, ela era uma de suas alunas de Karatê. Segundo Bruna, foi amor à primeira vista.
O relacionamento entre Bruna e Jorge começou, por iniciativa dela, quando em uma caminhada de volta para a casa em que Beltrão a acompanhava, Bruna deu um beijo nele no meio da rua.
Como disse, pouco se sabe sobre a vida de Bruna antes de ela entrar na vida do casal. Isso por conta de que nenhum parente veio a público depois que ela foi presa. Tudo que se sabe da família de Bruna é que ela não era a favor do relacionamento da menina com um homem casado.
O triângulo amoroso
Jorge também ficou interessado em Bruna e disse para a jovem que era casado apenas no papel, que não havia envolvimento amoroso entre ele e Isabel, e que inclusive, Isabel tinha um namorado.
Bruna abandonou sua casa e sua família depois de algumas semanas de namoro às escondidas com Negromonte. Em 2005, já com 18 anos, decidiu desistir de seu sonho de se tornar dentista e foi morar junto com seu primeiro amor e a esposa dele.
Não se sabe se Isabel realmente tinha um namorado, como Jorge falou para convencer Bruna, o que se sabe é que ela aceitou a presença da amante na casa deles, sem problemas.
Segundo Isabel, “era melhor um homem que a traía em sua presença do que escondido”. Jorge deixava claro que já não via Isabel como mulher, e que o que sentia por ela era algo como “amor de mãe”.
De acordo com o relato dos três, a relação na casa era pacífica.
Vítimas
Certo, agora que nós já conhecemos cada um dos integrantes dessa história sinistra, vamos entender os detalhes por trás dos crimes. Como o trio canibal escolhia suas vítimas e quem eram elas, “bora lá”.
Como eram escolhidas
Em 2008, em uma conversa com amigos, Jorge teve a ideia de criar uma seita. De acordo com as duas mulheres de Beltrão, o objetivo da seita era o controle populacional.
Então de acordo com os próprios critérios do trio, o objetivo principal da seita era eliminar pessoas que não tivessem utilidade para a sociedade. Segundo eles, só assim elas poderiam ser “purificadas”.
A seita, chamada de Cartel, possuía alguns critérios para escolher quem seria “purificado”. De acordo com o livro “Os Canibais de Garanhuns” esses critérios foram criados por Bruna e eles são três:
- Mulheres jovens e solteiras;
- Sem emprego e sem estudos;
- Com filhos e sem condições para criá-los.
De acordo com os acusados, a seita tinha a missão de executar três mulheres por ano, mas não chegaram a dar explicação do porquê deste número.
O ritual de morte
Nesse ritual sádico, o sangue das vítimas não era utilizado para nada, pois as regras do Cartel diziam que era algo impuro. O golpe fatal deveria ser dado com um faca, diretamente no pescoço para atingir as jugulares, segundo os canibais, dessa forma a morte seria rápida e agilizaria a remoção do sangue.
Mas não parava por aí, após executar as mulheres, Isabel e Bruna entravam em ação para o restante do ritual. A próxima etapa era a lavagem do cadáver Depois que Bruna e Isabel limpavam o corpo, era necessário retirar todo o sangue da vítima, esse processo levava de duas a três horas para ser concluído.
A próxima etapa era ainda mais cruel. Jorge entrava em cena novamente e colocava o corpo da vítima em cima de uma mesa para poder remover toda a pele do cadáver. Feito isso era hora de desmembrar o corpo.
Segundo os acusados, cada parte do corpo tinha um significado para o Cartel, e por conta disso era necessário “dividi-lo”. A cabeça remetia a Deus. Os membros inferiores remetiam ao fogo e à terra. Já os membros superiores, à água e ao ar.

Depois disso, a carne das vítimas eram cortadas e congeladas para serem consumidas pelo trio. Há quem diga que alguns órgãos como o fígado, por exemplo, também eram ingeridos pela seita. Já o coração das vítimas era enterrado. Estima-se que o trio comeu de 8 a 10 quilos de carne humana no total.
Os restos mortais das mulheres eram enterrados em várias covas diferentes no quintal da casa. A última parte do ritual sinistro da seita Cartel era uma limpeza pesada, feita por Bruna e Isabel. Depois disso tudo, a rotina na casa seguia normalmente como se nada tivesse acontecido.
1º vítima
A primeira a passar pelo ritual sinistro da seita Cartel foi Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos. Jéssica tinha uma filha de pouco mais de 1 ano na época e foi quem mais chamou a atenção de Jorge, Bruna e Isabel.
Como já sabemos, Jorge e Isabel sempre quiseram ter um filho e não conseguiram. O plano inicial era se livrar da garota para ficar com o bebê.
Jéssica era moradora de uma favela em Boa Viagem, Recife. Ela era conhecida por lá por sempre ser vista nos semáforos pedindo esmolas para os motoristas com a filha pequena nos braços. Infelizmente para ela, atendia a três requisitos para ser “purificada” pelo Cartel, Jéssica era mãe solteira, analfabeta e desempregada.
Quando finalmente se mudou para a casa da seita, os problemas não demoraram muito a aparecer. Jéssica era obrigada a fazer todos os serviços domésticos da casa enquanto sua filha ficava sob os cuidados de Bruna.
A garota também foi proibida de sair de casa e isso causava revolta na adolescente e era motivo de discussões frequentes. Ela chegou a ligar para uma tia distante dizendo que iria voltar para Boa Viagem, mas isso nunca aconteceu.
Após o ritual macabro ser realizado com a sua primeira vítima, Bruna toma os documentos de Jéssica e passa a usar sua identidade. Jorge e Isabel vão com a filha de 1 ano de Jéssica a um cartório e registram a menina como filha deles.
2º vítima
Giselly Helena da Silva, de 31 anos, era moradora de Garanhuns. Ela era uma moça conhecida pela região como “Geisa dos panfletos” uma vez que ganhava a vida entregando panfletos de propagandas pelas ruas da cidade.
Em 25 de fevereiro de 2012, Geisa deixou a casa da família para ir morar na casa de um casal simpático para trabalhar como babá da filha deles. Giselly estava muito feliz pois finalmente ia ter um salário fixo. Giselly nunca mais foi vista pelos seus familiares.
Antes de desaparecer, em uma palestra que Geisa estava participando no CAPs de Garanhuns. Ela fazia parte de um grupo que falava sobre as mudanças na sua vida após se tornar evangélica e incentivava os pacientes a fazerem o mesmo. Foi nesse mesmo local que ela teve o primeiro contato com Jorge Beltrão.
Jorge e Giselly conversaram brevemente após a palestra, ao final, ele pediu o telefone dela alegando que iria passar para Bruna pois queria que as duas fossem amigas.
Em apenas alguns dias, os telefones entre as mulheres se tornaram parte da rotina das duas mulheres. Em um desses telefonemas rotineiros, Geisa teria confessado à Bruna já ter tentado matar o filho e agredido um sobrinho.
A suspeita é que Geisa teria sido executada logo ao chegar a casa da seita Cartel, trazida por Bruna, Geisa entrou no local que seria o cenário de sua morte. Isabel teria ido para a casa de uma irmã.
Jorge Beltrão estava escondido na casa com um martelo e, sem mais detalhes, colocou o ritual em prática mais uma vez. O corpo foi esquartejado, sua carne guardada para consumo e seus restos mortais foram enterrados separadamente no quintal da casa.
3º vítima
Pouco menos de 2 semanas depois do ritual com Giselly, o trio atacou novamente com seu plano sinistro. Com apenas 20 anos de idade, Alexandra Falcão da Silva, conheceu uma das integrantes da seita Cartel em um ônibus.
Isabel logo perguntou se Alexandra tinha emprego e caso não, se ela teria interesse em ser babá por um salário mínimo e meio como pagamento (isso era bastante para a época e região em que eles moravam). Elas trocaram telefones e Alexandra ficou de confirmar se aceitaria a vaga de emprego ou não.
Uma semana depois Alexandra aceita o emprego e com algumas roupas em uma sacola, parte para a casa de Isabel. Naquela mesma noite ela se despediu de seus filhos e ligou para a mãe para dizer que tudo estava bem.
Nunca houve nenhum outro contato de Alexandra com a família. Ela teria sido morta na mesma noite em que chegou na casa do trio, seguindo o mesmíssimo ritual da seita macabra.
Quando a morte da filha foi confirmada, dona Selma teve que lidar com outra perda. Sem condições de cuidar dos três netos, Selma enviou o do meio, de 1 ano de idade, para viver com familiares na cidade de Palmerina, a 36 km de Garanhuns.
O filme caseiro dos canibais
A residência do trio não foi frequentada apenas por curiosos e observadores. Moradores revoltados com o que acontecia no lugar, saquearam a casa e atearam fogo nela. Há relatos que foram encontradas carnes temperadas no freezer da cozinha, nunca foi confirmado se eram de animais ou de gente. Mesmo assim a população jogou tudo no lixo.
Alguns dias depois, os pertences do trio continuavam a ser retirados da casa. Mas um deles chamou a atenção, uma fita VHS que levava o título de “Espírito”. Com 53 minutos de duração, esse era um filme caseiro gravado e estrelado por Jorge e Isabel quando ainda eram bem jovens.
O filme amador conta a história de Hellen (Isabel), uma mulher atormentada pelo espírito do marido morto. O ponto alto do curta-metragem acontece quando ela recebe a visita de um vizinho que pede algo para comer, esse vizinho é interpretado por Jorge.
Quando ela vai à cozinha para buscar a comida, é atacada pelo personagem de Beltrão e tem um dos olhos arrancados e comidos por ele.
Cenas do filme logo foram parar na internet e não é muito difícil de encontrar algumas cenas. Tentei encontrar o filme inteiro mas só consegui achar fragmentos dele.
Segundo a polícia, outros materiais audiovisuais foram produzidos pela família, mas todos com intuito de diversão e sem qualquer uso de violência como o filme “Espírito”.
Revelações de um esquizofrênico [livro escrito por Jorge]
Jorge Beltrão, além de criar filmes e vídeos, também escrevia livros e textos diversos. Um desses livros chamou a atenção da polícia pelo título: Revelações de um Esquizofrênico.
Com várias ilustrações de caveiras, caixões e fantasmas, Jorge descreve sua infância, a relação com suas duas mulheres e o plano para destruir a “adolescente maldita”. O livro em questão foi essencial para desvendar o assassinato de Jéssica, a primeira vítima do trio de canibais e adolescente mencionada no livro.
O livro conta com 48 páginas e é relativamente fácil de ser encontrado na internet. Eu vou deixar um link para quem quiser ler ele em um pdf na descrição. Lembrando: você não é obrigado a ler se não quiser.
Ao decorrer das páginas Jorge conta como foi conviver com dois amigos imaginários na infância. Ele também relata como foi o seu surto psicótico no dia do seu casamento com Isabel.
A prisão

O mistério em volta do desaparecimento de duas mulheres em Garanhuns começou a ser esclarecido na manhã de 11 de abril de 2012. Os familiares das mulheres compartilhavam uma história similar, as duas mulheres teriam sido contatadas para uma vaga de emprego e iriam receber um salário mínimo e meio.
Giselly, por exemplo, chegou a comemorar o novo emprego com a família um dia antes de desaparecer para sempre. Foi também através dela que a polícia conseguiu as primeiras pistas do caso.
As faturas dos cartões de crédito dela começaram a chegar à casa onde ela morava. A polícia com todos os documentos em mãos foi às lojas em que as compras foram registradas para tentar encontrar quem estava usando os cartões de uma mulher desaparecida.
Através de filmagens de segurança a polícia conseguiu identificar as imagens dos suspeitos e com isso conseguiram um mandado de busca e apreensão na casa onde os três viviam juntos.
Já na casa, a primeira surpresa, em uma conversa com a criança que estava aos cuidados dos três indivíduos. Ela contou que Jorge disse que Giselly era uma pessoa má e que ele teria que mandá-la para o inferno. A menininha também disse que viu Beltrão cortar a cabeça da vítima e em seguida apontou para o local onde os restos dela estariam enterrados.
O julgamento
No dia do julgamento, os acusados entraram no fórum aos gritos dos populares que cercavam o local, gritando “assassinos” e “canibais” sempre que possível. Isabel, como sempre, estava completamente abalada e nervosa com a situação. Bruna, por outro lado, parecia bem mais tranquila e até esboçou sorrisos. Jorge, entrou como nas outras vezes, completamente calado e sério.
A primeira testemunha a depor foi o psiquiatra forense Lamartine de Hollanda, responsável pelos exames de sanidade mental dos três acusados.
Sobre Isabel Lamartine disse as seguintes palavras:
- Essa senhora, tem mais o traço da imaturidade e da atriz que tenta se mostrar perturbada
- Isabel procurou dar desculpas, acredito que orientada, e colocava a culpa nos outros.
Sob pedido da promotora Eliane Gaia, Lamartine discorreu sobre o perfil de Bruna:
- Ela é uma pessoa que se mostra imatura e “atriz”. Uma pessoa que se mostra egoísta em relação às outras.
Quando os réus foram questionados sobre como foi o exame de sanidade mental, todos disseram que Lamartine apenas sentou na frente deles e disse para eles que não eram insanos sem sequer ouvi-los. Para Jorge, o médico teria dito que esquizofrenia paranoide não existe e que ele estava mentindo.
Jorge, deu detalhes de como executava e realizava os rituais sinistro da seita Cartel que ele mesmo criou, e afirmou sempre que podia que estava muito arrependido de tudo. Isabel e os outros dois, negaram completamente a afirmação de que faziam salgados com carne humana e os vendiam pelas ruas.
Jorge negou que os salgados eram feitos com carne humana. Bruna disse que “pegou no ar” essa conversa de coxinha de gente e disse que Isabel chegou a comentar que tinha todo um preparativo, mas disse que não viu isso ser feito com os próprios olhos. Isabel disse que inventou essa história pois estava com medo de apanhar na delegacia e queria ir para o HCTP (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico) com eles.
Mais detalhes do julgamento são encontrados no livro “Os Canibais de Garanhuns” livro que li para escrever esse roteiro e o mesmo que citei no começo do vídeo, link na descrição. Não discorrer o julgamento inteiro nesse vídeo pois tem muitas coisas que se repetem e que já sabemos da história. Ao invés disso, vamos pular para a condenação da seita Cartel.
Bruna e Isabel receberam a pena de 19 anos de prisão e mais um ano de detenção para cada uma delas.
Em 2018, houve o segundo julgamento, pelos crimes cometidos em Garanhuns pelas mortes de Giselly e Alexandra. No total, pelos três crimes, Jorge foi condenado a 92 anos de prisão. Bruna foi sentenciada, no total, a 90 anos de reclusão e para Isabel a pena total foi de 87 anos.
Como está o trio hoje em dia
6 anos após o último julgamento, o trio conhecido como os Canibais de Garanhuns continuam cumprindo pena em regime fechado. Recentemente com a prisão da influenciadora Deolane Ferreira o caso foi relembrado nas redes, isso porque Deolane ficou presa no mesmo presídio em que Bruna e Isabel estão, a Colônia Penal Feminina de Buíque.
Jorge Beltrão cumpre pena na Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá. Ele vive em uma cela minúscula com apenas 5 camas que divide com, em média, 30 presos. O pouco espaço também é disputado com os ratos que vez ou outra aparecem na cela.
Bruna e Jorge dividem o mesmo passatempo, o da leitura da bíblia. Isabel, na época em que o livro usado de base para esse roteiro foi lançado, ainda não havia se acostumado com a nova vida na cadeia, preferia ficar isolada das outras prisioneiras e apresentava quadro depressivo.
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