Se você acha que esse ano tá ruim, espera só pra conhecer o pior ano que o mundo todo já viu. Você provavelmente não ia querer estar vivo no ano de 536 e nesse vídeo eu vou te contar o porquê. Vamos descobrir o que aconteceu: 536 d.C foi o Ano que Mudou TUDO para Sempre.
Em 536 depois de Cristo aconteceu uma série de catástrofes naturais que atingiram com força total a civilização humana da época, esses eventos tornaram esse o pior ano para se estar vivo de todos os tempos.
O que aconteceu?
Beleza, você já sabe que esse foi o pior ano para se viver, mas porquê? Será que não é um exagero enorme e que nem foi tão ruim assim? Eu já te adianto que não foi um exagero, vamos aos fatos então.
Tudo começou com a primeira catástrofe: Uma gigantesca Erupção Vulcânica. Ela aconteceu provavelmente na Islândia e lançou uma quantidade enorme de cinzas na atmosfera. Tá bom, lançou cinzas no céu e aí? E aí que foi tanta cinza que bloqueou a luz do sol! Sem o sol a temperatura caiu muito, drasticamente… Esse evento ficou conhecido como o “Inverno Vulcânico” e marcou o início de umas das piores e maiores crises globais da história que conhecemos.
Mas é claro que essa não foi a única “zika” que aconteceu nesse ano…
Consequências do Inverno Vulcânico
Como a gente já viu, a erupção causou o bloqueio da luz solar, o que em si já é um belo de um problema… Com isso a temperatura global caiu entre 1,5 e 3ºC, isso pode não parecer muito mas teve efeitos devastadores.
O inverno de 536 foi um dos mais frios já registrados, e a estação continuou sem trégua. Todas as outras estações foram, também, muito geladas e isso, aliado à falta de luz solar, arruinou colheitas por anos, levando a uma fome generalizada.
Esse período de escuridão total afetou praticamente todo o hemisfério norte do planeta, atingindo especialmente a Europa, o Oriente Médio e a Ásia. Como o impacto na agricultura foi devastador, as reservas de comida foram acabando rapidamente e a fome se espalhou levando à morte de milhares de pessoas.
E aí? Já tá ruim o suficiente, certo? Que já tá ruim é inegável, mas ficou pior ainda… Como se já não bastasse a falta de comida, em 541, 5 anos depois da crise causada pela erupção em 536, a Peste Justiniana chegou com tudo. A fome que já assolava essa região do mundo continuava e isso causou a queda no sistema imunológico das pessoas… Cenário perfeito para a praga atacar com tudo… E foi o que aconteceu. A peste combinada com pessoas debilitadas pela fome resultou em milhares de mortos.
Tá, mas isso aí aconteceu em 541 e não em 536, certo? Certo, mas tudo isso só aconteceu por conta da erupção que aconteceu em 536, uma única erupção desencadeou uma série de tragédias com resultados devastadores.
Cansou de ler? Assista ao nosso vídeo sobre o assunto:
Como tudo isso aconteceu?
Agora vamos tentar entender um pouco de como tudo isso aconteceu.
Como a gente já viu, tudo isso começou naquela erupção enorme, a gente também viu que isso jogou uma quantidade enorme de cinzas para o céu. Agora vamos ao que de fato isso significa.
Nessas cinzas continham uma quantidade massiva de dióxido de enxofre. Essas partículas vulcânicas formaram uma espécie de “escudo” ao redor do planeta e isso bloqueou a luz do sol. Sem o sol o planeta terra não é nada, e isso não é exagero não viu, com esse bloqueio a temperatura global teve uma queda drástica, o que, como a gente já viu, teve consequências sérias, principalmente na agricultura.
Mas não foi só a fome e a peste que devastaram a população da época não (como se fosse pouco né). Com o clima todo instável, chuvas torrenciais e tempestades das piores apareciam em várias partes do mundo. No Oriente Médio e na China, colheitas inteiras foram destruídas e na Irlando, os registros apontam que houve uma falta de pão, que era basicamente a base da alimentação, dos anos 536 até o ano 539.
O maior desafio
Como eu já falei no começo desse vídeo, em 541, a Peste Justiniana surgiu. Acredita-se que essa peste tenha sido uma versão beta da Peste Bubônica, aquela lá que é conhecida como Peste Negra… Essa praga atingiu com força o Império Bizantino, e acabou com cidades inteiras… No auge do surto, cerca de 5 mil pessoas morriam por dia na Constantinopla, que era a capital do Império.

Imagine o cenário: pessoas muito fracas pela fome, suas terras estéreis, sem colheitas e, agora, enfrentando uma doença letal que se espalhava sem controle. A peste se alastrou desenfreada causando a morte de até 100 milhões de pessoas ao longo dos séculos seguintes.
A recuperação
Após muitos anos de escuridão, literalmente e metaforicamente, a atmosferas começou a clarear e o sol começou a aparecer aos poucos no horizonte. A neblina sinistra que cobria o céu começou a se dissipar e o mundo começou a se recuperar aos poucos.
A temperatura global começou a subir de novo, e as colheitas, depois de 100 anos sem produzir nada começaram a se recuperar. Mas é claro, a mudança não foi rápida. Esse período, conhecido hoje como a Pequena Idade do Gelo, se estendeu por muitos séculos, e as oscilações de temperatura continuaram a afetar a agricultura, mas mesmo assim, as coisas foram melhorando com o tempo.
A Europa, que foi muito impactada por esse período, começou a se recuperar muito lentamente, do Império Bizantino a gente não pode falar a mesma coisa… O império nunca se recuperou totalmente da devastação causada pelo clima e pela Peste e isso deu espaço para as forças Islâmicas tomarem seus territórios, moldando a história dos próximos séculos.
Outra coisa interessante desse período é que, na Europa, por conta do caos e da desordem causados pelas crises climáticas e doenças, forçou as pessoas a se organizarem em torno de líderes locais e assim foram surgindo os primeiros feudos.
A humanidade nunca esqueceu o pior ano da história. 536 deixou marcas de todas as formas, tanto no planeta como na memória humana. A Pequena Idade do Gelo passou, mas nada ficou como era antes. Impérios mudaram, a fé das pessoas foi testada ao limite e a história tomou um novo rumo, tudo por conta do pior ano para se estar vivo de todos os tempos.
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